Clóvis Beviláqua foi um jurista, legislador, professor e historiador brasileiro, nascido em Viçosa, Ceará, no dia 4 de outubro de 1859. Filho do padre José Beviláqua e de Martiniana Aires Beviláqua, ele começou seus estudos na sua cidade natal e, posteriormente, ingressou no Ateneu Cearense em 1872.
Beviláqua se destacou desde cedo, e em 1875, mudou-se para Fortaleza para continuar seus estudos no Liceu do Ceará. Em 1876, ele viajou para o Rio de Janeiro para estudar no Mosteiro de São Bento. Durante esse período, fundou o jornal “Laborum Literarium” junto com Francisco de Paula Ney e Silva Jardim.
Em 1878, Beviláqua se mudou para Recife, onde ingressou na Faculdade de Direito e estudou sob a orientação de Tobias Barreto. Ele se formou em Direito em 1882 e iniciou sua carreira como magistrado, sendo nomeado promotor público de Alcântara, no Maranhão, no ano seguinte.
Beviláqua também teve uma carreira prolífica como escritor e acadêmico. Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 14. Em 1899, foi convidado pelo Ministro da Justiça Epitácio Pessoa a elaborar o projeto do Código Civil Brasileiro, um trabalho monumental que ele concluiu em 1900.
Além de seu trabalho jurídico, Beviláqua também se envolveu na vida política, sendo eleito deputado à Assembleia Constituinte do Ceará em 1891. Ele também atuou como consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores por 28 anos.
Clóvis Beviláqua faleceu no Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1944, deixando um legado duradouro na história do direito brasileiro e na cultura jurídica do país.